Depois de Coritiba, Ponte Preta, Vasco e
Grêmio Prudente, o Corinthians é mais um clube a acusar o São Paulo de
aliciamento de jogadores. Com convocação para a Seleção Brasileira
Sub-15 no currículo, o lateral esquerdo Bruno Dip (98) não se
reapresentou aos infantis corintianos na última semana. Dias depois, seu
pai confirmou à direção alvinegra que o jogador já treinava com o time
são-paulino Sub-15 em Cotia.
Paralelo a isso, na última terça-feira
no Rio de Janeiro, ganhou força a possibilidade de alguma punição ao São
Paulo pelos quatro casos já citados – exceto o Vasco, já que se entende
que o clube descumpriu com suas obrigações ao atrasar os salários do
lateral Foguete (96), agora são-paulino. Os encaminhamentos no sentido
de punição foram tomados por dirigentes de Grêmio, Internacional, Bahia,
Atlético-PR, Atlético-MG, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Botafogo,
Audax-SP, Palmeiras e os próprios Vasco e Corinthians. Alguns desses não
participaram da reunião, mas sinalizaram a chance de um boicote ao São
Paulo.
Os diretores das categorias de base dos
clubes citados levarão a questão a seus presidentes em busca de
respaldo, mas uma boa parte acredita poder dar sequência a um boicote
aos são-paulinos, como já ocorreu com o Atlético-PR no último ano. A
arma é utilizar a força dos clubes unidos e declarar que não vão
participar de competições de base em que o São Paulo esteja. Uma decisão
definitiva deve ser tomada no próximo encontro dos executivos, marcado
para 11 de junho em Campinas. Considera-se razoável a possibilidade de
os são-paulinos não participarem da próxima Taça Belo Horizonte Júnior,
no meio do ano.
A decisão de não participar dos mesmos
torneios que o São Paulo tem como objetivo não apenas a repressão à
conduta do clube, mas também a proteção aos atletas. O Corinthians tem
informações concretas de que o lateral Bruno Dip foi aliciado por um
intermediário enviado por dirigentes são-paulinos à Copa Votorantim
Sub-15, em janeiro. Na sequência, Bruno se reuniu com José Geraldo de
Oliveira, gerente das categorias de base dos tricolores, e por fim com
Adalberto Baptista, diretor de futebol.
Aos dirigentes do Corinthians, o pai do
jogador declarou que o filho, que recebia R$ 500 mensais no Parque São
Jorge, passaria a ganhar R$ 6 mil no São Paulo. Enquanto isso, a direção
são-paulina adota três táticas: 1) silêncio. Os principais dirigentes
não acompanharam a última edição da Future Cup, no fim de semana
passado, e também não participaram da reunião de executivos no Rio. 2)
questionar a validade do pacto entre os clubes. E principalmente, 3)
confiar na força de Juvenal Juvêncio junto à CBF e Federação Paulista.
Prova disso é que, a partir da próxima
sexta-feira, a Seleção Brasileira Sub-17 ficará duas semanas em
preparação para o Sul-Americano, justamente, no Centro de Formação de
Atletas de Cotia, que pertence ao São Paulo. Em um ano de administração
de José Maria Marin, a Seleção principal também se hospedou em Cotia e
disputou amistoso contra a África do Sul no Morumbi.
Top 3
- A 12ª Vara da Justiça do Trabalho de
Campinas negou o pedido de rescisão do volante Eduardo (94) junto ao
Guarani. O jogador, que em 2012 atuou emprestado aos juniores do São
Paulo, não é obrigado a se reapresentar ao clube campineiro, a ser
indenizado caso ele se transfira a outra equipe.
- Renan (98), goleiro do Santos, é
substituto de Lucas (98), do Cruzeiro, na Seleção Sub-15 que jogará a
Copa Internacional do Mediterrâneo, em Barcelona. A troca foi feita por
conta de uma lesão.
- Novo coordenador da base do Palmeiras,
Erasmo Damiani, confirmou a intenção de contratar funcionários para um
departamento de captação de jogadores, o que não existe atualmente no
clube. À frente de Atlético-PR e Figueirense anteriormente, Damiani
comandou ótimo trabalho nesse sentido. Narciso, treinador do Sub-20,
entre outros dirigentes, foram demitidos. O Palmeiras B também será
fechado depois da Série A-3 do Campeonato Paulista.
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